Talvez o estereótipo mais comum que as pessoas fazem sobre os judeus diz respeito ao dinheiro. Rumores, teorias de conspiração selvagens e calúnias foram falsamente dirigidas aos judeus lado a lado com associações sinistras de riqueza e poder.
Por exemplo, este cartoon representando Lord Rothschild apareceu em uma capa de 1898 da revista francesa Le Rire . Mostra-o com mãos diabólicas e um rosto miserável tentando agarrar o mundo inteiro. Le Rire publicou isso durante o caso Dreyfuss , um julgamento anti-semita altamente público que abalou a sociedade francesa por uma década.
Mas há pouca dúvida de que alguns judeus notáveis demonstraram astúcia financeira. Destacamos alguns aqui.
Os lendários Rothschilds
Os Rothschilds eram uma família judia que operava como banqueiros privados para governos em toda a Europa. Eles começaram durante as guerras napoleônicas (1803-1815). Com sede em Londres, eles tinham conexões familiares nas capitais europeias. Eles ganharam milhões em juros de empréstimos governamentais e títulos de muitos países europeus. Os Rothschilds investiram engenhosamente seus lucros em ferrovias e outras infraestruturas em todo o continente europeu à medida que a Revolução Industrial se espalhava.
Banco de investimento nas Américas
Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, empresários judeus fundaram bancos de investimento americanos que hoje dominam o comércio global:
- Goldman Sachs (fundado em 1869 por Marcus Goldman ),
- Lehman Brothers (fundado em 1847 por Henry Lehnam e comprado pelo Barclays ),
- Bear Sterns (co-fundado em 1923 por Joseph Bear e comprado por JP Morgan Chase),
- Salomon Brothers (fundada por descendentes de Haym Salomon e comprada pelo Citigroup)
Todos eles foram fundados por judeus empreendedores com talento para finanças e investimentos.
Jorge Soros
Hoje George Soros (1930 – ) carrega a mesma fama. Nascido em uma família judia na Hungria, ele se mudou para os Estados Unidos, iniciando seu próprio fundo de investimento em 1969. A Wikipedia relata seu patrimônio líquido em US $ 9 bilhões – depois de ter doado US $ 32 bilhões. Ele é mais conhecido por apostar contra o banco da Inglaterra em 1992. Isso deixou a libra esterlina do Reino Unido de joelhos, ganhando bilhões no processo.
Bancos Centrais
Os judeus têm uma associação proeminente com a Reserva Federal dos EUA. O Fed é o banco central mais poderoso do mundo. Ela afeta a subsistência econômica hoje de todos no planeta. Surgiu em 1913 principalmente por meio do trabalho do imigrante judeu-alemão Paul Warburg . Os últimos três presidentes do Federal Reserve dos EUA, Alan Greenspan (1987-2006), Ben Bernanke (2006-2014) e Janet Yellen (2014-2018) são judeus.
Federalreserve , PD-USGov-BBG , via Wikimedia Commons
Em uma base per capita, os judeus tendem a demonstrar um forte espírito empreendedor com um interesse financeiro que trouxe muitos para cargos financeiros de alto nível. Mas não há nada sinistro ou uma conspiração mundial por trás disso, como alguns sugeriram.
Muitos não percebem, mas o judeu mais conhecido da história, Jesus de Nazaré, também ensinou e viveu como investidor. No entanto, ele usou métricas não tradicionais em suas perspectivas de investimento. Vejamos aqui a filosofia de investimento deste representante de Israel .
Jesus como Investidor
Usar um horizonte de tempo de investimento suficientemente longo é a chave para o sucesso do investidor e do banqueiro. Eles também precisam avaliar adequadamente a capacidade dos mutuários de pagar os empréstimos. Jesus, igualmente talentoso como seus irmãos judeus pesquisados acima no pensamento financeiro, usou um horizonte de tempo de investimento totalmente diferente do que eles. Isso mudou seu pensamento financeiro de risco/recompensa , alterando-o radicalmente do nosso.
Jesus resumiu sua visão geral sobre risco/recompensa de investimento com isso.
19 “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. 20 Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. 21 Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.
Mateus 6:19-21
A visão de Jesus sobre risco/recompensa
Diga o que quiser sobre a realidade de sua perspectiva de longo prazo sobre ‘tesouros no céu’, sua avaliação de ‘tesouros na terra’ é astutamente correta. Os Rothschilds perderam o poder financeiro que tinham há 150 anos. As guerras européias, a riqueza confiscada pelos nazistas dos judeus e a nacionalização das indústrias européias reduziram muito a riqueza da família Rothschild. A maioria dos bancos americanos pesquisados acima faliu ou foi adquirida por outros bancos. Eles não funcionam mais. A avaliação de Jesus de que o valor acumulado na terra corrói foi demonstrada repetidas vezes. Nem sempre o reconhecemos porque nosso horizonte de tempo é curto. Mas ele usou um horizonte de tempo muito distante.
Horizonte de tempo de investimento de Jesus
O horizonte de tempo do investimento de Jesus era excepcionalmente longo. Assim, ele olhou para o valor da perspectiva da eternidade no Reino de Deus . Ver o valor de sua perspectiva permitiu que outro investidor judeu rico também avaliasse o valor de maneira diferente. O Evangelho registra assim:
Jesus entrou em Jericó, e atravessava a cidade. 2 Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos publicanos. 3 Ele queria ver quem era Jesus, mas, sendo de pequena estatura, não o conseguia, por causa da multidão. 4 Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali.
5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: “Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje”. 6 Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria.
7 Todo o povo viu isso e começou a se queixar: “Ele se hospedou na casa de um ‘pecador’”.
8 Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais”.
9 Jesus lhe disse: “Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. 10 Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”.
Lucas 19: 1-10
Randers Museum of Art , PD-US expirado , via Wikimedia Commons
O dinheiro serve ou domina?
A promessa de Zaqueu de doar seus bens aos necessitados e promover o primeiro projeto ‘ Verdade e Reconciliação ‘ não significa que possuir bens terrenos temporários seja errado. Antes, como Jesus disse em outro lugar:
Lippo Memmi , PD-US expirado , via Wikimedia Commons
24 “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro
Mateus 6:24
Normalmente pensamos que o dinheiro nos serve, mas nossa natureza é tal que, em vez disso, facilmente acabamos servindo ao dinheiro. Então torna-se impossível valorizar os bens, a vida e nossas almas ( psique ) no horizonte temporal da eternidade.
Jesus tinha uma perspectiva financeira única em relação ao Reino de Deus. Portanto, logo após conversar com Zaqueu, Jesus ensinou esta lição financeira.
A História das Dez Minas
11 Estando eles a ouvi-lo, Jesus passou a contar-lhes uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e o povo pensava que o Reino de Deus ia se manifestar de imediato. 12 Ele disse: “Um homem de nobre nascimento foi para uma terra distante para ser coroado rei e depois voltar. 13 Então, chamou dez dos seus servos e lhes deu dez minas. Disse ele: ‘Façam esse dinheiro render até a minha volta’.
14 “Mas os seus súditos o odiavam e por isso enviaram uma delegação para lhe dizer: ‘Não queremos que este homem seja nosso rei’.
15 “Contudo, ele foi feito rei e voltou. Então mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto tinham lucrado.
16 “O primeiro veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu outras dez’.
17 “‘Muito bem, meu bom servo!’, respondeu o seu senhor. ‘Por ter sido confiável no pouco, governe sobre dez cidades.’
18 “O segundo veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco vezes mais’.
19 “O seu senhor respondeu: ‘Também você, encarregue-se de cinco cidades’.
20 “Então veio outro servo e disse: ‘Senhor, aqui está a tua mina; eu a conservei guardada num pedaço de pano. 21 Tive medo, porque és um homem severo. Tiras o que não puseste e colhes o que não semeaste’.
22 “O seu senhor respondeu: ‘Eu o julgarei pelas suas próprias palavras, servo mau! Você sabia que sou homem severo, que tiro o que não pus e colho o que não semeei. 23 Então, por que não confiou o meu dinheiro ao banco? Assim, quando eu voltasse o receberia com os juros’.
24 “E disse aos que estavam ali: ‘Tomem dele a sua mina e dêem-na ao que tem dez’.
25 “‘Senhor’, disseram, ‘ele já tem dez!’
26 “Ele respondeu: ‘Eu lhes digo que a quem tem, mais será dado, mas a quem não tem, até o que tiver lhe será tirado.
Lucas 19:11-26
Os Proprietários? Ou simplesmente gerentes?
Sem extrair todo o significado desta história, algumas observações são instrutivas:
- As minas, ao longo de toda a história, sempre pertencem ao fidalgo. Ele os emprestou aos servos, procurando um retorno sobre seu investimento. Os criados administravam as minas, mas nunca as possuíam.
- Jesus representa a si mesmo como o nobre nesta história. Ele nos coloca como servos. As ‘minas’ nos foram confiadas, representando ativos, valor, oportunidades e nossos talentos naturais. Ele esperava que os empregados produzissem um bom retorno, como qualquer gerente financeiro faria para seus clientes de investimento.
Em última análise, não possuímos nada
Passamos a vida pensando que nossos talentos e oportunidades naturais são nossos, mas, na realidade, eles não são nossos, eles nos foram emprestados. Jesus astutamente usa essa história para nos lembrar que não somos donos de nossas vidas, saúde, oportunidades e até mesmo de nosso futuro. Temos que admitir que isso é verdade porque não podemos retê-los. Eventualmente, temos que desistir de todos eles. Jesus nos lembra que eles nos foram emprestados temporariamente.
Finalmente, como qualquer bom investidor, Jesus explica que aqueles que produziram retorno sobre seu investimento terão tudo devolvido a eles com oportunidades para novos investimentos. Seu Reino lhes dará mais do que eles poderiam ter imaginado.
Em geral, não associamos Jesus a um pensamento financeiro perspicaz, como fazemos com seus irmãos judeus, mas ele manteve uma atenção obstinada em investir. Ele nos convida a co-investir em seu investimento, que não pode ser perdido, roubado ou destruído. Acontece que, como outros visionários financeiros judeus, ele viu mais longe do que nós. Ele olhou tão longe quanto o estabelecimento de Seu Reino . Nesse sentido, ele se mostrou não um investidor de rebanho (olhando para os outros para ver no que investir), mas um astuto investidor contrário que viu um valor alcançável que outros não podiam ver.
Preço de investimento de Jesus
Podemos pensar em Seu Reino como etéreo, intangível ou irreal. Mas, convencido da realidade do retorno desse investimento, ele rejeitou todos os outros investimentos. Ele colocou todo o seu patrimônio nisso. Nathan Rothschild disse sobre sua filosofia de investimento :
“a hora de comprar é quando tem sangue nas ruas.”
Rothschild quis dizer que devemos investir quando os outros estão vendendo em pânico. Então, obteremos nosso investimento a um bom preço. Vemos como Jesus investiu no Reino com esta máxima quando seu bom amigo morre .